domingo, 17 de fevereiro de 2019

A "inexperiente" e atuante bancada potiguar no Senado Federal



Com o fenômeno das eleições de 2018, onde houve 100% de renovação na bancada federal potiguar no senado, as atuações parlamentares são no mínimo “curiosas”. O que chama atenção é o trabalho dos ditos “novatos”, falo de Jean Paul Prates (PT) e Styvenson Valentim (PODEMOS), esses tem se mostrado bastante atuantes apesar da total falta de experiência.

O que mais tem se destacado é o Capitão Styvenson Valentim. Tem participado das sessões, feito pronunciamentos, apresentado requerimentos, propondo leis e, aparentemente, cumprido o que prometia em sua campanha. Seu mandato tem focado nas áreas de segurança pública, infraestrutura e educação. Apesar disso, é importante destacar a forma individualista que tem seguido, pois faltou no primeiro encontro da bancada federal com a governadora. Tem sido mais atuante em Brasília, que no Rio Grande do Norte. No entanto, essa última situação era de se esperar, pois segundo ele mesmo diz “está aprendendo”.

Jean Paul Prates é outro em primeiro mandato. Por seu vasto currículo, que transita entre o setor público e privado, ele tem atraído o olhar de investidores para o estado, se reunido com entidades representativas e mediando ações para movimentar a economia do Rio Grande do Norte. Seu trabalho é pautado no turismo, sustentabilidade e desenvolvimento. No entanto, teve alguns problemas logo no início. Ao não declarar em quem votaria no senado, muitos entenderam que estaria sendo favorável a Renan Calheiros. Falando nessa votação, há de se lembrar do pedido de destruição das cédulas do pleito fraudulento. Apesar de sua justificativa ser de estar “assegurando o direito do voto secreto”.

Zenaide Maia, esta é quem desperta mais curiosidade. Era de se esperar uma atuação mais fervorosa, visto sua experiência como deputada federal. No entanto, parece estar um pouco tímida nesse início de mandato. Não se sabe quais suas reais intenções com isso. Talvez seja por estratégia política ou da sua assessoria de imprensa, o futuro é quem vai dizer. Ela tem seguido os protocolos e frequentado as reuniões da bancada federal. O mandato dela mostra que estará focado em temas como mulheres, saúde e municipalismo. Assim como o colega de bancada, Jean Paul Prates, ficou com uma imagem negativa por não declarar em quem iria votar para presidente do senado.

Nas eleições para as comissões, Styvenson e Jean Paul, como foi dito no início do texto, são os que mais tem chamado atenção. O primeiro foi eleito para Vice-presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e o segundo, foi designado pelo partido para atuar na Comissão Mista de Orçamento do Congresso. Além disso, é vice-líder da minoria.

Zenaide ficou na suplência do Bloco Parlamentar da Resistência Democrática (PT, PROS) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa. O colega, Styvenson, é titular pelo Bloco Parlamentar PSDB/PODE/PSL (PSDB, PODE, PSL).

Vale lembrar que Jean Paul também é vice-presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa. Sua colega, Zenaide, também compõe o grupo.

Com base na atuação desses parlamentares, pelo menos nestes primeiros dias de mandato, os representantes do Rio Grande do Norte parecem quebrar o mito de que os menos experientes não tem capacidade. Isso também parece acalmar os eleitores que hoje estão cada vez mais exigentes. Ainda está cedo para formar uma posição sobre o assunto.

Resta, no mínimo, quatro anos para tirar uma conclusão firme e, até lá, o Brasil e o Rio Grande do Norte terão muitos problemas que vão cair no colo da nova bancada federal.

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