quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

“Facada” no Sistema S pode acabar com 29 mil vagas para jovens e trabalhadores do RN

Impacto pode comprometer até 30% dos recursos do SENAI e acabar com quase 23 mil vagas de cursos técnicos profissionais por ano no Rio Grande do Norte



A “facada” prometida pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, nos recursos do Sistema S, teria efeitos “devastadores” sobre programas de educação técnica e serviços de saúde prestados à população da região Nordeste do país que beneficiam, principalmente, jovens e trabalhadores de baixa renda.

Pelo menos essa é a projeção feita pelo SESI/SENAI.
“A proposta de cortes teria efeitos devastadores sobre instituições que funcionam e prestam serviços essenciais para jovens e trabalhadores brasileiros.

Além de acabar com empregos de educadores, técnicos, especialistas e pesquisadores, se forem feitos, os cortes prejudicarão a educação, pesarão sobre a saúde e afetarão a economia do país como um todo”, explica Rafael Lucchesi, membro da diretoria dos institutos.
 
Só no Rio Grande do Norte, esse impacto pode comprometer até 30% dos recursos do SENAI e acabar com quase 23 mil vagas de cursos técnicos profissionais por ano. Além disso, o corte orçamentário deve promover o possível fechamento de 2 escolas da instituição de formação profissional dos potiguares.

No tocante ao SESI, mais de seis mil estudantes do ensino básico e de educação de jovens e adultos podem perder a oportunidade de estudar, vez outras duas escolas da educação básica da instituição podem ser fechadas como reflexo da medida governamental.

Além disso, o desemprego, ainda segundo as projeções, deve aumentar no Rio Grande do Norte por que os cortes orçamentários no Sistema S, prometidos pelo próximo governo, vão influenciar diretamente na demissão de mais de 300 funcionários das regionais do SENAI e SESI no RN.

“A formação profissional e a capacitação técnica de qualidade aumentam a empregabilidade do trabalhador e, para o jovem, é um importante diferencial para conquistar o primeiro emprego, numa faixa etária em que o desemprego é ainda mais grave que na média. 


O SENAI prepara uma parcela importante da população para que tenha uma profissão, e alcança e beneficia jovens e trabalhadores que não teriam as mesmas oportunidades pelo sistema educacional”, completou Lucchesi.

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