quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

RN vai pedir ao Tesouro Nacional novo programa de recuperação fiscal

Secretário estadual de Planejamento, Aldemir Freire, diz que os critérios estipulados pela Secretaria do Tesouro Nacional não atendem às necessidades do Rio Grande do Norte


O secretário de Planejamento e Finanças do Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, vai solicitar da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a construção de um novo programa de Regime Recuperação Fiscal. O atual mecanismo provido pelo Ministério da Economia não atende às necessidades do governo potiguar.

“Não entramos com pedido ingressar no Regime de Recuperação Fiscal. Até porque o atual regime não nos atende. Ele foi desenhado para alguns Estados, mas o Rio Grande do Norte não atende aos critérios”, explica Aldemir Freire.

Atualmente, os governos do Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina são atendidos pela recuperação fiscal. O programa permite a suspensão o pagamento de dívidas com a União, bem como autoriza abertura de novas linhas de empréstimo ao ente beneficiado.

De acordo com o Tesouro Nacional, a partir do documento Guia para o Governador, que foi entregue a todos os gestores estaduais na última quarta-feira, 16, o Rio Grande do Norte não é elegível para a recuperação fiscal por ter dívida consolidada maior do que a Receita Corrente Líquida (RCL).

Além disso, ainda segundo o Tesouro, os gastos correntes obrigatórios
(pessoal e serviço de dívida) do governo potiguar acima de 70% da RCL e as obrigações contratadas superiores às disponibilidades de caixa de recursos não vinculados.

“O tamanho da dívida consolidada não pode ser critério de exclusão. Nossa dívida é com servidores e fornecedores. Com isso, a dívida flutuante precisa estar dentre destes critérios. O que nos sufoca é a dívida flutuante. É preciso que seja levado em conta todo o endividamento dos Estados”, rebate Aldemir Freire.

De acordo com ele, o Rio Grande do Norte vai encampar o pedido de mudanças no regime junto ao Tesouro Nacional. Até o fim do mês, uma equipe da equipe econômica do órgão federal fará uma visita aos gestores potiguares. “Queremos o desenho de um outro programa que atenda às necessidades do Rio Grande do Norte. Isso não quer dizer que o programa seja específico para o nosso Estado, mas que também atenda outros locais com as mesmas características que as nossas”, reforça.

O Tesouro Nacional também sugeriu ao governo potiguar medidas como a privatização de estatais, o aumento da alíquota de impostos, corte de gastos com pessoal e despesas correntes, entre outras medidas para a manutenção do equilíbrio financeiro. A recomendação do Tesouro é que sejam feitos tão logo quanto possível.

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